segunda-feira, 19 de outubro de 2009

DEPOIMENTOS SOBRE O GESTAR II


Com a Palavra...

“A minha opinião sobre o Gestar é que ele é um projeto muito bom, que nos ajudou a elaborar projetos como gêneros textuais e o Memorial que foi um dos que eu mais gostei.
Gostaria que um dia eu pudesse visitar o Gestar só para ver como esses projetos chega até nós e também ver como é lá, pois, tenho essa curiosidade e espero que vocês possam atender ao meu pedido.” (
Gislanny Gomes, 8º ano Turma A)


“Achei as questões do teste boas e de fácil entendimento, algumas de raciocínio lógico.
Os trabalhos de gêneros textuais como, por exemplo, os dos meios de comunicação foram ótimos onde o tema gripe suína que estava em alta foi muito falado.
O memorial foi um dos que mais gostei porque nós nos lembramos de coisas que estavam perdidas na nossa mente além de aguçar nossa escrita e leitura." (Franciele Gonçalves, 8º ano Turma A)


"Os trabalhos e todos os outros processos que ocorreram neste ano foram muito bem passados para todos nós alunos e este ano letivo foi muito novo para nós." (Taynara Francisca Santos 8º ano, Turma A)


"Bom eu gostei muito das últimas aulas de português porque foram muito comunicativas para que eu aprendesse mais sobre o mundo como o texto Essas meninas. Ele me alertou como está a violência hoje em dia; pois com um simples ato de violência a vida das meninas mudou e um passe de mágica. Enfim, as aulas foram exemplares. (Natalia Silva Correia, 7ª A)

E"u adorei as aulas porque elas eram divertidas e assim você via que os alunos participavam, pesquisavam e o mais importante aprendiam e se divertiam com aulas participativas, pesquisas interessantes e assuntos novos e surpreendentes. As aulas fizeram eu ver o português de outra forma eu nunca imaginei que português era tão legal e interessante. (Nayara Pámela, 7ª A)


  • Elizabete Tomaz (Escola Claudino Leal)

O Gestar II para mim foi de suma importância, pois, está sendo uma das melhores capacitações que já participei. No início foi difícil acreditar nesse projeto, mas com o decorrer dos trabalhos fui refletindo e analisando sobre esse projeto e cheguei a conclusão que era isso que estava faltando para nós, professores alguém que nos levasse a sério e não quisesse passar apenas conteúdos jogados.
A única crítica que eu tenho a passar é o curto tempo que temos para os encontros, pois, apenas um por mês é muito pouco para desenvolver um trabalho tão interessante e a troca de experiências, gostaria que da próxima vez tivéssemos mais tempo para nossos encontros, mas apesar disso o que nos motivou foi a experiência da professora Formadora, uma excelente profissional, que soube fazer com que esse pouco tempo tirássemos o máximo do proveito.
Aprendi muito e desenvolvi habilidades que nem mesma sabia que tinha, pois não é fácil trabalhar com turmas superlotadas onde temos que observar aluno por aluno, porém sempre estamos à procura de novos desafios.
Agradeço a todos os integrantes do Gestar II pela oportunidade de nos proporcionar um curso desse gabarito e principalmente da Formadora por ter nos dado essa oportunidade em crescer tanto como pessoa e profissionalmente.

  • June Travassos (Escola Coronel José Domingos)
Na verdade fiquei surpresa com o projeto Gestar quando vi o resultado, em sala de aula. O livro didático (da escola) que trabalho com meus alunos não é muito interessante, salvo algumas atividades lúdicas que constam no texto e eu tento aproveitar bastante para que a aula não fique cansativa. Há textos e muitas atividades imensas.
Desde a primeira aula que apliquei, com o Projeto Gestar, notei que alguns alunos fizeram observações relacionadas, não só ao tamanho do texto, mas também ao tipo, percebi que se emocionaram. Assim que iniciamos as produções com as propostas lançadas pelo projeto, foi mais surpreendente ainda, eles se empolgaram nas suas criações e fizeram questão de apresentar para a turma.
Avaliando este resultado penso em selecionar textos menores e melhores, fazer a interpretação e compreensão oral, sugerir produções de acordo com os gêneros textuais e trabalhar a parte gramatical partindo das correções, quero dizer, dos próprios textos de alguns alunos colocados no quadro e fazendo-se a correção a partir dos "erros".
  • Maria Lucinda Trindade (Escola Izaulina de Castro)

O Gestar melhorou muito a qualidade das aulas de Língua Portuguesa. Venho percebendo que os alunos estão mais interessados com as atividades propostas pelo programa. Os textos apresentados são ricos e propõem uma temática interdisciplinar como no caso de “Essas meninas” de Carlos Drummond de Andrade. Realizamos debates, apresentações, e o texto levou os alunos a uma reflexão sobre os conflitos da adolescência. Através deste e de outro textos estamos fazendo uma releitura dos autores . As turmas têm se mostrado muito mais participativas.

domingo, 18 de outubro de 2009

Algumas considerações sobre a aplicação da Avaliação Diagnóstica de Entrada

A Avaliação Diagnóstica foi aplicada nas minhas turmas de 6º e 7º ano, da Escola Gregório Bezerra, localizada na Ilha de Santana, sem número, na cidade de Olinda. Considerei o tipo de Avaliação apresentada pelo projeto GESTAR II de nível muito alto para a realidade dos alunos da minha escola, levando em conta os textos trabalhados por mim, e nos livros didáticos utilizados por eles.

Busquei estimular nos alunos do 6º e 7º ano, em primeiro lugar, a sensibilidade para a leitura numa tentativa de mostrar-lhes não apenas os recursos utilizados pelos autores dos textos, mas a intenção deles ao utilizarem determinados recursos.
Os alunos sentiram dificuldades nas informações explícitas e implícitas, tanto no que diz respeito ao emprego de certas palavras nunca vistas por eles, mas também pela falta do hábito de reflexão e saber relacionar os fatos apresentados em cada texto.

As dificuldades nas duas séries forma iguais, e os alunos não souberam associar as diferentes estratégias; sentiram problemas em reconhecer o narrador do texto, na expressividade dos recursos linguísticos e extralinguísticos e na identificação dos vocábulos que tinham a mesma referência.

Já na relação de comparação de características e finalidades do texto, e na relação entre informações em um mesmo texto, observei uma resposta bem positiva de ambas as séries. A respeito dessas últimas observações, posso dizer que o percentual avaliado foi de 85% de aproveitamento dos alunos.
Espero que a próxima avaliação tenha um melhor resultado.


Meu nome é Ângela Cristina Fernandes Costa e sou Professora Cursista da Prefeitura de Olinda.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

"Vou-me Embora pra Pasárgada": variações sobre um mesmo poema

Lição de Casa - TP 1

Conforme o prometido, os professores Cursistas aplicaram a atividade, que trabalhamos na Oficina do TP 1, com seus alunos do 6º ao 9º Ano. O resultado, como vocês poderão conferir daqui a pouco, tem sido "plural" e democrático. Da criatividade de "Vou-me embora pra Lan house", texto autobriográfico, à seriedade de "Vou-me embora pra Igreja" - "olhe (diz a autora) eu vou ler o texto, mas não é para rir não", "e os colegas a respeitaram!", afirma a professora. - passando pela crítica-literária-cabra-da-peste (!): "Mas o que mais me chamou atenção foi a história de assubir num pau-de-sebo. E lá na sua terra essa história eu acho que pega mal. Ele ficou com essa fama lá: pega-pau”, houve espaço para todos se expressarem.
E o momento de socialização das experiências, como sempre, é divertidíssimo. Quanto às dificuldades, nessa atividade especificamente, se houve, não foram relatadas. Resta-nos agora conferir mais um Avançando na prática. Boa leitura!

ESCOLA CORONEL JOSÉ DOMINGOS (OLINDA-PE)
Profª Cursista: June Travassos
Texto I
Vou-me embora pra Lan House
Lá estão meus amigos
Lá tem o jogo que eu quero
No computador que eu escolhi
Vou-me embora pra Lan House

Vou-me embora pra Lan House
Lá me sinto feliz
Lá o jogo é uma aventura
De um modo incomparável

Esse jogo é viciante
Vendi até minha bicicleta
Para poder jogar
Levei uma pisa do meu pai
Minha mãe não parava de reclamar
Nem por causa disso parei de jogar
Vou-me embora pra Lan House

Na Lan House tem quase tudo
Lá tem promoção
Bota 2 horas e ganha 1 hora
Lá só não é seguro
De impedir os ladrões

Quanto eu estou sem fazer nada
Bate logo aquele vício
Uma vontade de ir jogar
Lá estão meus amigos
Lá tem o jogo que quero
No computador que escolhi
Vou-me embora pra Lan House

Alunos: Arlindo, Jonatan, Manoel (8ª B/ 9º Ano)

Texto II
Vou-me embora pra o shopping
Vou-me embora pra o shopping
Lá com todos falarei
Lá tenho a roupa que quero
Na loja que escolherei
Vou-me embora pra o shopping

Vou-me embora pra o shopping
Aqui sou infeliz
Lá no shopping é uma loucura
Do jeito que sempre quis
Que menina louca que parece ma donzela
Ela é tão besta que ninguém quis ela
Como subirei na escada
Andarei de elevador
Fui pra loja da Bali,
Comprei roupa e o cartão estourou
Andei até cansar e perdi meu celular
Meu “boyzinho” ficou com vergonha
E eu comecei a chorar

Vou-me embora pra o shopping
Lá tem gente sem razão
Lá tem gente insegura
E com o coração na mão
Tem loja pra todo lado
Tem sorvete de montão

Quando eu estiver triste
Vou pro shopping me alegrar
A galera me oferece a “base”
E eu começo a cheirar
Fico pagando “brexa”
E começo a vomitar

Tá ligada, minha irmã
Que a ideia é uma só?
Paguei “brexa” aqui na frente
E vou tirar minha “meló”
Alunas: Ana Carolina, Ingrid, Rauanny, Jennifer (8ª A/ 9º Ano)

Texto III
Vou-me embora pra Igreja
Lá é o meu lugar
Ficarei perto do rei
Que foi morto e vivo estar
Sentarei no banco pra ouvir o pastor pregar
Para Deus eu cantarei
Vou-me embora pra Igreja

Vou-me embora pra Igreja
No mundo não sou feliz
Ficara perto de Deus é uma aventura
Pregar as boas novas a todas as criaturas
Vou ficar perto do Senhor
Pra “mim” esmagar a cabeça da serpente
Que é falsa e demente
Vem a ser seu parente, o diabo feio e “indeliquente”
Vou-me embora pra Igreja

Falarei sua vontade
Andarei na sua presença
Cearei com ele
Comerei do seu corpo
Tomarei do seu sangue
E quando me sentir cansada
Ele vos-me aliviará

Vou-me embora pra Igreja
Vou pro lugar eterno
Junto com meu Pai morar
Vou-me embora pra nunca mais voltar
Vou andar em ruas de ouro
Vida eterna vou gozar

Vou-me embora pra Igreja
Lá é o meu lugar
Para quando Jesus voltar
Arrebatará a sua Igreja
Para com Ele morar
Vou-me embora pra Igreja
Aluna: Adrielle Silva (8ªB/ 9º Ano)

Vou-me embora passear
Nas ruas não conheço ninguém
Mas lá tem sempre alguma coisa que quero
Alguma coisa que escolherei.

Vou-me embora passear
Andando me sinto feliz
Nos “cantos” conheço as culturas
De maneiras diferentes
Que pessoas loucas e estranhas
Poderia fazer diferente
Que traz a curiosidade da gente
De coisas que nunca vi

E nunca farei uma plástica
Um dia brinquei de boneca
Gosto de um papo danado
Meu cabelo já foi vermelho
Gosto muito de cantar
Passo o dia escutando rádio
Ou penteado meu “bombril”
Só quero comer biscoito com água
Meu pai reclama que só a pinóia
Fala que no tempo dele menino
Biscoito não existia lá
Vou-me embora passear

Onde eu moro não tem tudo
O povo tem outra imaginação
Não é um lugar seguro
De impedir a entrada dos ladrões
De policiamento não vejo rastros
A violência fica à vontade
Só iremos ter paz em nossas vidas
Se um dia isso tudo se acabar

Às vezes fico muito triste
Porque sei que não tem jeito
Quanto mais tristeza me der
Mais me dá vontade de chorar
Vou-me embora passear
Alunas: Nayara Páscoa, Marília, Sumaya (8ª B/ 9º Ano)

ESCOLA IZAULINA DE CASTRO E SILVA (OLINDA-PE)
Profª Cursista: Lucinda Maria Trindade

Texto I
Vou-me embora para Pasárgada
Lá em Pasárgada tem tudo
Tem hospital perto
Lá tem gente honesta
Vou-me embora para Pasárgada
Vou-me embora para Pasárgada
Aqui eu sou feliz
Lá tem paisagem natural
Lá tem muita festa
Lá em Pasárgada é ótimo

Em Pasárgada é uma cidade ótima
Não tem assaltos
Não tem mortos
Lá também tem muita aventura
Lá tem ótimas escolas
Vou-me embora para Pasárgada

Aluna: Júlia Roberth (7ª A/ 8º Ano)

Texto II
Vou-me embora para o céu
Lá serei amigo do Rei dos reis

Vou-me embora para o céu
Lá serei feliz ao lado do amigo Mestre Jesus.

Vou-me embora para o céu
Lá terei um futuro bom
Todo mundo é amigo

Vou-me embora para o céu
Lá ninguém tem preconceito
E sei que lá todo mundo vive feliz.
Aluna: Jéssica Cristina (7ª B/ 8º Ano)

ESCOLA MONSENHOR FABRÍCIO (OLINDA-PE)
Profª Cursista: Andrea Araújo
Texto I
Lendo o texto de Manuel Bandeira percebe-se que lá em Pasárgada ele pode fazer muitas coisas como ter a mulher que ele quer na cama que escolher, e que lá ele é feliz e a vida é uma aventura.
Na sua imaginação ele tem mais liberdade em Pasárgada, faz ginástica, anda de bicicleta, monta em um burro, sobe no pau-de-sebo e desde quando ele era menino que Rosa lhe contava. E quando ele estiver bem triste a ponto de se matar ele vai embora pra Pasárgada.
Aluna: Pollyanne (6ª B/ 7º Ano)

Texto II
Eu entendi que esse homem é muito louco, não sei se ele bebeu cachaça ou é drogado. Eu acho que ele é muito “aventurante”. Lá na sua terra eu acho que ele forte porque ele faz ginástica e amonta num burro brabo aí já quer demais ele levar um coice, “dá certinho”!
Mas o que mais me chamou atenção foi a história de assubir num pau-de-sebo. E lá na sua terra essa história eu acho que pega mal.
Ele ficou com essa fama lá: pega-pau.”

Aluno: Denis Rodriguês (5ªB/ 6º Ano)

Texto III
Eu entendi que o autor do texto Manuel Bandeira, queria que existisse um mundo sobre o qual ele escreveu no seu texto, acho, como ele é pernambucano é muito pensativo e pensa alto, acho que ele deveria estar pensativo quando escreveu o texto. Agora, sobre suas palavras, são lindas e são de pessoas que gostariam que o mundo fosse um paraíso.
Acho que tudo foi um sonho literário, sonho de escritor que sonha com coisas inexistentes. Ele queria dizer que onde ele vivia não era bom, mas só que em Pasárgada era bom, tinha tudo que ele queria em Pasárgada ele iria satisfazer os seu desejos de namorar com mulheres bonitas. Acho que ele queria que existisse um mundo só dele onde todos os seus sonhos seriam realizados, lá ele seria como se fosse um rei, ele imaginava que poderia fazer tudo em Pasárgada!
Aluna: Islayne Kelly (6ªB / 7º Ano)

domingo, 4 de outubro de 2009

Vale a pena conferir: Gramática sem decoreba

Revista Nova Escola - Edição 201 Abril 2007
Língua Portuguesa - Prática pedagógica

[...]
Mais que a classificação, é preciso saber a função
Apenas encontrar substantivos e pronomes em um conto não é suficiente para ampliar o conhecimento da gramática, segundo Irandé Antunes, da Universidade Estadual do Ceará. "É preciso ir além das definições para descobrir, por exemplo, a função deles na introdução e na manutenção do tema ou do enredo", ela defende." Saber que é indeterminado o sujeito de uma frase é muito pouco. O importante é compreender por quê, com que propósito discursivo, se preferiu deixá-lo assim."Portanto, diz Irandé, é necessário ir além da nomenclatura, das classificações, da simples análise sintática de frases soltas para ver como as unidades da língua funcionam na construção dos textos e que efeitos seus usos podem provocar na constituição do discurso.
As pesquisas sobre o ensino de gramática levam em conta que, para haver uma boa comunicação, a pessoa deve adequar a forma como se expressa à situação comunicativa em que se encontra. "A questão não é exatamente aprender as regras gramaticais, mas dominar também a língua culta de uso real, aquela de fato usada pelas pessoas mais escolarizadas", aponta Morais.
É essencial que a garotada aprenda a importância de falar e escrever de acordo com a variante lingüística prestigiada socialmente, que é esperada em determinadas situações sociais." Se o aprendiz a domina, poderá compreender mais o que é dito ou escrito pelas pessoas mais letradas. Ele vai entender o que foi escrito num tom mais formal, desfrutar de obras literárias, compreender melhor publicações científicas", explica Morais.
Além disso, o domínio da variante prestigiada permite que os jovens não sejam discriminados em certos contextos e lhes dá uma ferramenta a mais para lutar por seus princípios e interesses como cidadãos. Dominando os saberes de como a língua funciona, eles estarão aptos a distinguir, por exemplo, que palavras ou expressões serão adequadas ou não usar de acordo com a formalidade da situação ou com seus interlocutores. "É o que a lingüística conceituou de competência codemunicativa e que muitas escolas ainda não incorporaram. Ainda tendem a achar que se escreve e fala de um jeito só, como se não importassem o gênero textual e a situação comunicativa", diz Morais.

[...]
Um grande desafio

Ensinar a gramática de acordo com as novas orientações é um grande nó para quem leciona Língua Portuguesa. "As aulas de gramática normativa, baseadas só em fatos da língua-padrão, não têm sentido para a garotada", admite Irene Tamaki Uematsu Harasawa, que leciona há 26 anos. Há sete, ao ingressar no Colégio Sidarta, em Cotia, na Grande São Paulo, ela mergulhou em um novo jeito de desenvolver o conteúdo. Para dar conta do desafio, faz muitos cursos. "Quando o estudante é estimulado a refletir sobre a língua, ele vai longe. Precisamos saber responder às questões."
Suas aulas para turmas de 6ª série se baseiam em diversos gêneros e na análise das escolhas lingüísticas feitas pelo autor para construir os sentidos desejados. Ao apresentar o poema O Homem; as Viagens, de Carlos Drummond de Andrade (publicado no livro As Impurezas do Branco) ela instigou a turma, primeiro, a pensar na pontuação. "Por que o autor utilizou ponto-e-vírgula no título?" Um garoto respondeu que o ponto-e-vírgula é uma pausa maior e daria a impressão de uma viagem que se alonga. Assim, os alunos analisaram as escolhas lingüísticas do autor e concluíram que são características da poesia.
Como analisa produções de gêneros variados, a turma de Irene percebe a grande variação de recursos. Para sistematizar os conceitos gramaticais, ela destaca algumas frases e, em vez de começar colocando as definição no quadro-negro - como fazia no passado -, dá diversos exemplos e provoca os jovens para que construam o conceito. "Na etapa final, confrontamos as definições deles com a do livro." Com esse processo, os estudantes refletem sobre as possibilidades de uso de determinadas palavras e realizam diferentes atividades para sistematizar o conhecimento.
FONTE: http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/pratica-pedagogica/gramatica-decoreba-423568.shtml