quinta-feira, 4 de junho de 2009

Intertextualidade, poesia e aprendizagem na sala de aula

A maneira como, muitas vezes, o texto poético é trabalhado em nossas salas de aula faz com que o número de leitores de poesia seja "minguado". O mesmo ocorre quando "aprendemos" (e ensinamos) os sinais de pontuação aos nossos alunos, eles até sabem "para que serve o sinal de exclamação": é empregado para marcar o fim de qualquer enunciado com entonação exclamativa, que normalmente exprime admiração, surpresa, assombro, indignação etc. Não é isso que dizem as Gramáticas Normativas?!
Simplista demais, não?!
E o que dizer das possibilidades que a "!" encerra, e de como pode ser rico o casamento entre a poesia e pontuação? E de como a leitura da poesia - dissemos leitura, não estudo - pode tornar a aprendizagem mais saborosa.
A título de exemplo, gostaríamos de citar o poema concreto (sem título)que criamos, cujos versos dialogam com "Poema de sete faces" e "Com licença poética", de Carlos Drummond e Adélia Prado, respectivamente, e que tem como "trilha sonora" (usem a sua imaginação, amigos) a canção "Eu, Tu, Eles", de Targino Gondim.
Vale ressaltar que a nossa produção deu-se após a leitura do poema "Tango", de Dirceu Câmara Leal. Ambos os textos, o de Dirceu e o nosso, foram trabalhados na formação dos professores cursistas da Prefeitura de Olinda, no espaço da Oficina que chamamos de "Troca-troca de experiências" numa referência à revista anual publicada pelo Departamento de Educação Básica da Secretaria de Educação dessa Prefeitura. Acreditamos que essa socialização de experiências pode estimular os colegas cursistas a criar com seus alunos, do 6º ao 9º ano, textos diversos com o pouco que têm. Vamos ao texto?

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Um e sessenta - Um e setenta e quatro
Enxofrado - Diabo louro
Mofino - Viçosa
Vai ser “guache” na vida - Vai carregar bandeira
Carlos - Adélia

Eu vou falar com ele, eu vou
Falar do meu tesão por ele, eu vou!!!

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Grupo: Ana de Paula, Betânia, Edvânea Maria, Fátima e Mércia

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